Pensamentos rápidos e furtivos...
Perdas são tão necessárias quanto obrigatórias. Não há nada que dure eternamente (mesmo que os mais românticos e menos céticos digam o contrário); não há vitalidade nem energia suficiente que ilumine todos os cantos e esquinas; não há força que nos proteja, ou revele, e guarde tudo de bonito que porventura tenha acontecido. O bonito também morre em algum lugar.
Resguardando o que é realmente importante, as coisas tendem a ficar, inevitavelmente, pelo caminho: quando não as perdemos, elas se perdem de nós. E num delírio súbito, há a imensa vontade de congelar tudo o que é conscientemente distante, mas nos fala em algum ponto; um egoísmo medroso e desculpável – fugir da solidão normalmente leva a condutas não-perceptivéis.
Enfim, esse desabamento de idéias surgiu de um vocábulo africano (não sei muito sobre a origem dele, então... desculpe!): Sankofa.
Sankofa: nunca é tarde para voltar atrás e recolher o que ficou pelo caminho.
Seria mais fácil reclamar e se lamuriar do que perceber que é possível andar contra o vento?
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Vou aparecer mais freqüentemente!