E era, sobretudo, um ato de revolução contida em minhas partes de(s)compostas pelas fasces supremas que pesavam na percepção que me cabia.
Coube um dia. Há um passar de tempo não atual. E não tão próximo. Trituraram os meus princípios e leis internas. Decapitaram. Mutilaram a minha ordem.
Mas irrompi através de três letras, mesmo sendo um ente irrisório diante tanta magnificência ditatorial. Flostriei em tentativas, suspenso pelo fio molestado da utopia-não-utopia. Utopia para eles, esses alguns companheiros desnaturados. Plausível para mim. Perdição para o sistema.
Minhas artérias e veias carregaram a densidade de um sangue ávido por eutimia. Estopim através da audição: Rádio Renascença foi incumbida por transpassar o nosso gesto recôndito.
A fulguração lunar observou o nosso embate, abastecendo e fortificando os raios solares que nasceriam no após. Sem morte
Festejo popular. Populares em frêmito regozijo clamando por independência não auto-determinada em espasmos de anacronismo.
E os paladinos jorravam na epiderme do terceiro continente mais extenso que um dia já fez Pangéia: armas empinadas e ruidosas em terras subestimadas que promulgam indagações perdidas e póstumas – deixai fazer, deixai passar, o mundo corre por si mesmo, companheiros militares? Haverá consciência auto-determinada ou o processo trovejará em esguicho de radicalismo?
Necessitávamos de uma transição. Queríamos atravessar com segurança a margem do rio caudaloso de nossa existência. Pedíamos, a nós mesmos, o deslizar paulatino, suave. Acolhedor.
Mas abandonamos. Abandonamos como os cães que se sentem feridos. Desamparamos uma legião e desertamos a história que se iniciara em 1415.
Que Ceuta nos perdôe e que tenhamos Pedros e Paulas velando por nossos cacos. Por meus cacos perdidos em África.
Assim seja.