sexta-feira, 18 de abril de 2008

Post 37: Desabafo-rápido

"Ninguém venha me dar vida,
que estou morrendo de amor,
que estou feliz de morrer,
que não tenho mal nem dor,
que estou de sonho ferido,
que não me quero curar,
que estou deixando de ser,
e não quero me encontrar,
que estou dentro de um navio,
que sei que vai naufragar,
já não falo e ainda sorrio,
porque está perto de mim
o dono verde do mar
que busquei desde o começo,
e estava apenas no fim.
Corações, por que chorais?
Preparai meu arremesso
para as algas e os corais.
Fim ditoso, hora feliz:
guardai meu amor sem preço,
que só quis quem não me quis."


(Cecília Meireles)

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O mundo (o meu, pelo menos) anda girando em torno de preocupações acadêmicas, histórias alheias e vontades roubadas. É um buscar o que buscar incessante. Perdendo o hoje com a certeza de que o amanhã será apenas mais um dia.
Sorte que nunca é tarde para voltar atrás e recolher o que foi perdido. Salve!

Sem melancolias...