Reli "A Casa dos Budas Ditosos". Minha sensação do livro é tão volátil que até me assusto com minhas oscilações do entendimento da obra. O fato é: o livro não é tão bom quanto parece.
À primeira vista, o livro é delicioso. Delicioso no sentido mais erótico que a palavra possui. Quando o tesão passa, o que sobra? Pois é... eis o grande problema do livro: nada sobra. Basicamente, existe nas páginas um amontoado de sexo... sem que nada o embase e o dê um tratamento literário (pelo menos não um digno). O sexo é caracterizado por seus aspectos físicos, e banalizado de forma tediosa: não há conflitos psicológicos que tragam ao livro algo de realmente interessante. Soa como um Kama Sutra esquisito.
Acredito (ou prefiro assim acreditar) que a causa de toda essa bobagem é o fato de o livro ter sido encomendado pela editora à João Ubaldo. Ou então, é só um livro ruim de um grande autor.
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Viver é realmente irônico: prende-se a uma vida com regras em busca de estabilidade econômica/social (o que, provavelmente, não te trará muita alegria) ou parte-se em busca de algo que te satisfaça? Eis a grande dúvida.
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Ando pensando se os opostos realmente se atraem... e se "não desperdiçar a chance" é mais importante do que "buscar seu sonho".